Na festa de S. Pedro, que enriquece com outras figuras de santos populares: S. Antonio, S. João Batista, S. Paulo este mês de Junho, somos espontaneamente levados a pensar no pastor supremo da Igreja Católica: o Papa Bento XVI. “Tu és Pedro e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la”. Em contraste com a figura idosa e aparentemente frágil do Papa é o tamanho da responsabilidade de guia e pastor universal da Igreja que a ele foi confiada com o ministério petrino. Sempre a Igreja foi alvo de ataques as vezes injustos. Ultimamente notícias envolvendo membros do clero difundiram-se de modo insistente. Fatos tristes, infelizmente, existiram no passado e existem também hoje. A Igreja vive dias difíceis em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitando de conversão. O mundo tem razão de esperar da igreja noticias melhores, dos seus padres, religiosos e de todos os cristãos conforme o convite de Jesus: “brilhe a vossa luz diante dos homens para que eles vendo as vossas boas obras glorifiquem o Pai que está nos céus”. São porém inaceitáveis e injustas as tentativas de envolver o Papa responsabilizando-o pelo que acontece. O que se quer é jogar no descrédito toda a Igreja Católica. Alias Bento XVI, quando ainda Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, sempre apontou, como continua hoje como Papa apontando para a Igreja um caminho de purificação e maior atenção para a formação dos futuros padres nos seminários. A igreja - lembra São Paulo – é como um corpo, quando um membro está doente, todo corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também no clero! Por isso temos fé e confiança que a Igreja será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias ao anúncio da Boa nova. E o fará com toda humildade falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Espírito que a habita e pecadora em cada um de seus membros chamados constantemente à conversão. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro; mas consciente também de que, apesar do vaso barro, o tesouro é é precioso; e quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Esta é a sua fraqueza e a sua grandeza.
Dom Mariano Manzana