Padre Antonio Murilo de Paiva estuda documento 104- Comunidade de Comunidades, uma Nova Paróquia na Assembleia Paroquial de Nossa Senhora de Fátima em Mossoró.
Paroquianos lotaram a Capela de São Francisco- Abolição III
Cadeirantes presentes na Assembleia Paroquial
Padre Talvacy falada da importância do tema.
Pe Murilo detalha essa nova paróquia
Cita exemplos de sua Paróquia em Parnamirim- RN
Coral da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Presença das Irmãs Quitéria e Raimunda
Jesus Cristo é nossa razão de ser, origem de nosso agir, motivo
de nosso pensar e sentir. Nele, com ele e a partir dele mergulhamos
no mistério trinitário, construindo nossa vida pessoal
e comunitária.
A paróquia é a grande escola da fé, da oração, dos valores e dos costumes cristãos. Nela vive a Igreja reunida em torno do Senhor. Ela existe para unir os cristãos ao seu Senhor e atrair muitos outros para essa grande família de Deus, a Igreja: sacramento da salvação. Afi nal, a paróquia continua sendo uma referência importante para o povo cristão, inclusive para os não praticantes. Ela pode se tornar um farol sempre mais luminoso, especialmente em tempos de incertezas e inseguranças. Na paróquia, cada pessoa deveria
ter a possibilidade de fazer o encontro com Jesus Cristo e integrar- se na comunidade dos seus seguidores.
A paróquia, contudo, precisa de uma renovação urgente.
As mudanças da realidade clamam por uma nova organização, especialmente articulada em pequenas comunidades, capazes de estabelecer vínculos entre as pessoas que convivem na mesma fé. Entretanto, mesmo setorizada, a paróquia depende de uma nova evangelização, de uma ousadia missionária capaz de fortalecer o testemunho e estimular o anúncio.
Isso implica renovar o ministério do pároco, pastor e animador do povo que lhe foi confiado.Ele precisa promover a participação dos leigos na vida e nas decisões da comunidade. Sugere, também, que se favoreçam os ministérios e os serviços na comunidade.
A paróquia, como comunidade de comunidades, precisa integrar as comunidades religiosas, as associações religiosas, as CEBs, os movimentos, as pastorais sociais, as novas comunidades de vida e de aliança, os hospitais, as escolas e as universidades, além das comunidades ambientais. Para que todos vivam na pluralidade da experiência de fé, na diversidade de carismas e de dons, a unidade indispensável
à vida cristã.
Os dois grandes desafios que se impõem são acolher essas múltiplas formas de vida cristã como
uma riqueza de dons que o Espírito Santo oferece à Igreja e manter unidos os diferentes grupos, para que, em tudo, a caridade de Cristo seja testemunhada publicamente.
Finalmente, é preciso olhar para o futuro da paróquia, como comunidade de comunidades, com esperança de vencer o vazio e o deserto de muitas pessoas. A crise de valores é notável. E, apesar de o Brasil ter muita expressão de religiosidade, também aqui se percebe o quanto a fé não decide mais os destinos da vida social e da pessoal.
Vive- se um tempo de buscas, mas com base em decisões privadas de referências da fé. Confiando na ação do Espírito Santo, as paróquias têm condições de compreender que esse é o tempo oportuno
para uma nova evangelização. Há muita sede e, em Cristo,há a água que sacia toda sede humana. Compete a elas,como rede de comunidades, facilitar o acesso a essa Água Viva. Feliz a comunidade que é um poço dessa Água Viva, do qual todos podem se aproximar para saciar sua sede.
Como no tempo dos apóstolos, a Mãe da Igreja permanece unida a todos aqueles que perseveram na comunhão fraterna,na fração do pão e na oração, suplicando que o Espírito Santo conduza os caminhos da nova evangelização.
Sob o olhar da Mãe de Deus, a Senhora Aparecida, a Igreja no Brasil renova a sua esperança de cumprir a vontade do Pai, na fi delidade a Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, para que nossas paróquias sejam, de fato, comunidade de comunidades.
Acreditando que para Deus nada é impossível, é importante vencer o pessimismo da situação. Ele mesmo renova todas as coisas. É hora de renovarmos as paróquias para que se organizem em comunidades e favoreçam as multiformes manifestações da vida cristã. Uma nova realidade implica um novo entusiasmo por Deus e por seu Reino, isto é, uma nova evangelização, alinhada com a renovação espiritual e a conversão pastoral. Somos uma Igreja em caminho que sabe onde deve aportar: a Santíssima Trindade,
onde Deus será tudo em todos (cf. 1Cor 15,28).
Fonte: CNBB