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Padre Sátiro: Apóstolo da Educação



“Compreender para crer, crer para compreender”.
(Santo Agostinho)

A Diocese de Santa Luzia festeja oitenta anos. Neste mesmo ano jubilar, também temos a comemorar, com regozijo, os sessenta anos de vida sacerdotal de Padre Sátiro Cavalcante Dantas.
Seis décadas de meritória e marcante atuação presbiterial na comunidade mossoroense. Homem multifacetado ou, para lembrarmos uma parábola bíblica, multiplicador de talentos. Padre Sátiro educador. Padre Sátiro comunicador. Padre Sátiro idealizador do Mosteiro de Santa Clara. Padre Sátiro de fé e oração. Padre Sátiro capelão da São Vicente. Padre Sátiro estudioso da obra de Santo Agostinho.
E como poderíamos abordar cada um desses enfoques? Seriam páginas e mais páginas para detalharmos o seu amor e a sua dedicação a tudo que faz e que abraça. Sem dúvida, essa intensidade é uma de suas indeléveis marcas.
Cada mossoroense o enxerga de um ângulo ou, no mínimo, tem uma história para contar com, ou sobre, ele. Uma imensidão de ex-alunos, do Diocesano e da faculdade. Outros tantos, seus ouvintes, seja, de forma presencial, a ouvir-lhe os sermões, ou pelas ondas do rádio. Sem esquecer aqueles que interagem com ele na comunidade onde está encravada a FUNCERN.
Particularmente, destacaria duas brevíssimas histórias: fui seu acólito na capela de São Vicente. E, nessa condição, tive o privilégio de ouvir preciosas homilias. Pérolas domingueiras que, muitas vezes, desejei gravar para (re)escutá-las e, consequentemente, degustá-las com mais vagar.
O tempo passou e, por questões acadêmicas, recentemente morei um período na Europa. Em uma das férias em Mossoró, encontro Padre Sátiro e recebo dele a encomenda de um livro de Santo Agostinho – o único que faltava para completar a sua agostiniana -, que não tinha saído em português. Encontro o livro e remeto-lhe. Agradecido, ele manifesta o desejo de reembolsar-me. Refuto, claro, e digo, em tom de blague, que o maior “pagamento” seria ele escrever resenhas dos livros agostinianos, como forma de estímulo e direcionamento nas leituras, pois, muitas vezes, mesmo lendo-os, carecemos de uma orientação para alcançamos a profundidade ensejada. Ele riu e deu de ombros: “Você lá precisa disso!... E tô velho para escrever”. Tal pretexto da “velhice”, bem sei, é arma antiga e ardilosa para desvencilhar-se de alguns compromissos.
Velho?! Ah, se todos “envelhecessem” com o espírito jovial que Padre Sátiro carrega! Outro dia, numa despretensiosa conversa, ouvi dele a receita: “O intenso contato com os jovens sempre me estimulou a renovar o pensamento”. Ouso acrescentar-lhe: pensamento e ação. Adepto das redes sociais, comunica-se, com desenvoltura, pelos invisíveis fios da internet, com uma naturalidade que só não causa espanto porque o conhecemos.
Ressalto, por fim, à guisa de ilustração, que a sólida formação cristã e humanista permeia a atuação de Padre Sátiro. Seja quando nos traz Santo Agostinho, traduzindo-nos a profundeza do pensamento desse Doutor da Igreja; seja comentando as agruras cotidianas, numa simplicidade aparente, abordando a trivialidade com argúcia e sabedoria.
Uma vida assim merece as humildes bênçãos do destaque.

David de Medeiros Leite
Professor da UERN

Doutor pela Universidade de Salamanca (USAL) 

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