Há exatos 2 anos, o Papa se preparava para deixar o Brasil. Após uma intensa semana em nosso País – a primeira viagem apostólica de seu pontificado para a Jornada Mundial da Juventude – Francisco se despedia no Rio de Janeiro.
Em seu último discurso, o Papa fez, diversas vezes, uso de uma das palavras mais particulares da língua portuguesa, cujo sentido percebe-se somente a partir do momento em que o sentimento aflora empírica e individualmente.
Ouvindo Francisco, não restam dúvidas de que o Papa realmente pode dizer que sentiu saudade.
“Parto com a alma cheia de recordações felizes... Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, este povo tão grande e de grande coração; este povo tão amoroso. Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, saudades do entusiasmo dos voluntários. Saudades da esperança no olhar dos jovens no Hospital São Francisco. Saudades da fé e da alegria em meio à adversidade dos moradores de Varginha... Obrigado pelo acolhimento e o calor da amizade que me foram demonstrados. Também disso começo a sentir saudades”.
A prova cabal de que o povo brasileiro conquistou o coração de Francisco – e que o Papa sente realmente falta desse carinho – é a vontade de, tão logo seja possível, viver e sentir tudo isso outra vez.
“O Papa vai embora e lhes diz ‘até breve’, um ‘até breve’ com saudades".
Saudades que Francisco poderá matar em breve, participando da comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, como ele mesmo desejou.
“Que Nossa Senhora Aparecida lhes proteja. Adeus até quando eu voltar, em 2017!”
(RB)