No dia oito deste mês, Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, o Papa
Francisco celebrará a abertura do Ano da Misericórdia, que deverá ser encerrado
na Solenidade de Cristo Rei do Universo de 2016. Papa Francisco abrirá a Porta
Santa que será, como ele mesmo afirmou na bula de proclamação do Ano Santo, uma
“Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor
de Deus que consola, perdoa e dá esperança”. Em sinal de comunhão de toda a
Igreja, abriremos no domingo seguinte em nossa Diocese a Porta Santa, na
Catedral, em Mossoró, terceiro domingo do Advento e dia da Festa Litúrgica de
nossa padroeira Santa Luzia.
A história se tornou
história da salvação porque Deus se manifestou como um Deus Misericordioso. “Precisamos sempre contemplar o mistério da
misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz”. O Papa Francisco nos
convida a fixar o olhar na misericórdia de Deus para nos tornarmos nós mesmos
sinal eficaz do agir do Pai. Esta é a finalidade da proclamação do Jubileu
Extraordinário da Misericórdia. Precisamos como o Salmista proclamar: eterna é
a sua misericórdia (136). Reconhecendo as maravilhas de Deus ao longo da
história e a radicalização de sua misericórdia no mistério da Morte e
Ressurreição do seu Filho. Jesus é a expressão plena e radical do rosto
misericordioso do Pai. Em Cristo fomos resgatados e reconciliados no amor do
Pai.
Estamos vivendo tempos
difíceis e desafiadores. Num mundo marcado pela intolerância política,
terrorismo e degradação do meio ambiente. Em tempos como estes, mais que nunca
somos nós, cristãos, chamados a ser sinal de esperança. Como discípulos e
missionários de Cristo, devemos anunciar a Boa Nova do Reino. Boa Nova da
misericórdia do Pai que gera reconciliação e pacifica nossos corações no amor
sacrificial do Seu Filho. Não devemos nos deixar abater, desanimar pelos
desafios do tempo presente. Façamos do Ano da Misericórdia um momento favorável
para nossa conversão e um comprometimento maior pela promoção da paz no mundo.
Somos chamados a ser “misericordiosos como o Pai”(Lc 6,36).
Que a celebração do
Natal do Senhor, que é Príncipe da Paz, nos encoraje e encha de alegria,
renovadas esperanças na certeza de que Deus não nos abandonou, porque “eterna é
a sua misericórdia”. Nesta certeza, sonhamos e nos comprometemos com o sonho de
um mundo melhor, com o Reino que há de vir. Desejo um Ano Santo de profunda
misericórdia para todos. Um feliz e abençoado Natal.
Dom Mariano Manzana