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São Pedro e São Paulo: apóstolos fieis e modelos de vida para os cristãos de hoje

Em pleno mês de junho, época das festas populares no Brasil, diversos santos são homenageados: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo, estes dois últimos exaltados no dia 29. “Também recordamos com muito carinho a figura do papa, hoje Francisco, sucessor de Pedro e Vigário de Cristo. Proponho a vida e a obra de São Pedro e São Paulo como ensinamento para todos os cristãos de hoje”, afirma o bispo de São José dos Campos, dom José Valmor Cesar Teixeira.

Segundo dom José Valmor, Pedro foi escolhido por Jesus para exercer uma particular missão: aquela de guiar e sustentar a primeira comunidade. O bispo explica que no evangelho de Mateus, Jesus confia a Igreja a Pedro: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 17-19).

É neste mesmo primado que o bispo de São José dos Campos afirma que a Igreja reconhece no papa, de cujos símbolos, as chaves e o anel do pescador. Tais apetrechos imediatamente remetem à figura do apóstolo. “Humaníssimo na sua fragilidade, Pedro é, como os outros apóstolos, desanimado no momento terrível da condenação e agonia de Jesus, chegando à negação do Senhor. Mas depois de sua ‘conversão total’ a Jesus, o mesmo faz com que receba o abraço da misericórdia”, diz o bispo.
Depois de Pentecostes, segundo o bispo, o apóstolo consagrou toda a sua vida, até o martírio em uma cruz. “A Pedro é atribuído o primeiro milagre depois da ressurreição de Jesus, na porta do Templo e ainda, é atribuída a ele, a primeira conversão de um pagão, o Centurião Cornélio”, conta. Nas perseguições sofreu a prisão por testemunhar Jesus e a sua salvação. “Foi missionário de Jesus e do seu Evangelho em Jerusalém, na Palestina, em Antioquia, em Corinto, em Roma”, afirma dom José Valmor.
Pedro morre mártir sob o imperador Nero, no ano de 67 d.C., e seus restos mortais foram depositados no cemitério que havia na colina do Vaticano. Na época, o imperador Constantino construiu a primeira igreja sobre o túmulo do apóstolo. “O papa Dâmaso diz que Pedro e Paulo são cidadãos romanos por causa do martírio em Roma”, afirma o bispo.
São Paulo, de perseguidor a apóstolo das nações
De acordo com dom José Valmor, Paulo encontra Jesus de modo misterioso, depois de anos de perseguição contra a Igreja. “Encontra Jesus no caminho de Damasco e depois de uma formação inicial cristã, torna-se o grande discípulo missionário do mestre, em todos os lugares possíveis”, diz.
Com o apóstolo, o bispo afirma que a Igreja se descobre, para todos os efeitos, missionária, aberta aos pagãos, aberta a todos os povos, raças e línguas. “Homem convertido, trabalhador corajoso, inteligente, de grande cultura, excelente orador, Paulo abandona as suas seguranças e coloca-as constantemente em missão”, diz.
Paulo é todo e em tudo dedicado à missão evangelizadora. As suas viagens o levaram à Arábia, Grécia, Turquia, Itália. Em Roma, virou prisioneiro por causa da fé, mas continuou a evangelizar, ainda que em meio a muitas dificuldades. Como Pedro, morre mártir, provavelmente no ano de 67 d.C. “Suas 13 cartas, inseridas no cânon do Novo Testamento, são bases doutrinais essenciais do Cristianismo e uma referência imprescindível para os cristãos de todas as épocas históricas e de todos os continentes”, afirma dom José Valmor.
O apóstolo foi condenado à morte por um tribunal romano, porque era cristão. Foi decapitado, diz-se que em 29 de junho do ano 67 d.C, porque era cidadão romano e por isso não podia ser crucificado. “São Paulo mártir, santo, apóstolo, missionário, escritor, evangelizador, corajoso e constante, é exemplo para cada um de nós, nos tempos que vivemos”, finaliza o bispo.
Fonte- CNBB