A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nessa quarta-feira, 21, a nova tradução oficial da Bíblia que servirá de referência para a Igreja no Brasil. Como recomenda o Concílio Vaticano II, a tradução se baseia nos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos, comparados com a Nova Vulgata – a tradução oficial católica.
O projeto teve início em 2007, quando a coordenação de tradução e revisão, composta pelos padres Luís Henrique Eloy e Silva, padres Ney Brasil Pereira (in memorian) e Johan Konings, fez a revisão integral conjunta, enquanto os professores padre Cássio Murilo Dias, Paulo Jackson Nóbrega de Souza e Maria de Lourdes Lima colaboraram em algumas partes.
Segundo a coordenação de tradução e revisão da Bíblia da CNBB, o desejo é o de proporcionar aos católicos do Brasil uma tradução oficial da Bíblia a ser usada nas futuras publicações oficiais da Igreja no Brasil, como lecionários litúrgicos e documentos. Esta nova versão deve também servir de referência para que, sempre quando preciso, se possa encontrar uma tradução segura, reconhecida pelo Magistério não só da Igreja Católica no Brasil, mas do mundo.
“Seguimos de perto a nova tradução que depois do Concílio Vaticano II foi publicada, em latim, para a Igreja Católica inteira, a Nova Vulgata. Ao mesmo tempo levamos em consideração a fluência e a beleza, para que o texto possa entrar facilmente no ouvido e ser guardado no coração como alimento espiritual”, afirmou a coordenação de tradução e revisão da Bíblia da CNBB.
O texto, mais fluido que o existente em outras versões, apresenta-se simples e transparente nas narrativas, conservando toda a riqueza dos textos originais e os ecos da tradição litúrgica e espiritual através dos séculos. De acordo com a equipe de coordenação de tradução e revisão da Bíblia da CNBB, essa edição se distingue da anterior, sobretudo pela maior fidelidade aos textos originais segundo as opções adotadas pela Nova Vulgata.
“Ao tomar por modelo a Nova Vulgata, não traduzimos do latim, mas dos textos originais em hebraico, aramaico e grego, segundo os mesmos critérios que tinham sido adotados para a nova tradução latina. Outro distintivo é que o texto inteiro da Bíblia foi retomado pela equipe dos três principais colaboradores, para garantir a homogeneidade da linguagem e do estilo”, afirma a coordenação.
O trabalho que levou 11 anos foi oficialmente durante a reunião do Conselho Permanente da CNBB, na sede provisória, em Brasília (DF), às 11h.
Fonte: CNBB