A Paróquia de Santa Luzia de Mossoró convida para uma palestra sobre o papel do Centro de Valorização da Vida ( CVV) e a prevenção do suicídio. Toda comunidade convidada💛
A partir do momento em que um ser humano colocou-se em disponibilidade para ouvir
com compaixão o desabafo das angústias de outro ser, pode-se dizer que começou o trabalho
de prevenção do suicídio.
O Centro de Valorização da Vida é uma Organização da Sociedade Civil, de caráter
filantrópico, apolítico e arreligioso, fundada em 1º de março de 1962 como Campanha de
Valorização da Vida, na cidade de São Paulo, por um grupo inicial de 14 voluntários.
No início de 1982, em Natal foi divulgado pela imprensa que viria o Sr. Coutunho de
São Paulo para falar sobre um trabalho de prevenção ao suicídio, chegando a lotar um grande
auditório. No entanto, pelas dificuldades iniciais enfrentadas, o número de interessados foi
diminuindo, chegando a pouco mais de uma dezena. O pequeno grupo, mas com grande
garra, alugou uma casa no Bairro de Petrópolis, conseguiu com muitíssimo esforço uma linha
telefônica da Telern e iniciou seus atendimentos telefônicos e pessoais na tarde do dia 4 de
julho de 1982. Devido ao sério trabalho de caráter humanitário o CVV Natal, foi crescendo e
conta hoje com 60 voluntários. Sempre promovendo cursos para novos voluntários.
Hoje o CVV conta com mais de 120 postos espalhados pelas principais cidades
brasileiras atendendo pelo número 188. Este número recebe ligações gratuitas, inclusive de
celular sem crédito e por 24 horas de todo território Nacional. Alguns destes postos fazem
atendimento pessoal. Em 2018, o CVV Nacional recebeu mais de 2.600.000 ligações dando
apoio emocional e na prevenção ao suicídio.
Existem outras formas de atendimento além do posto físico, como: CVV WEB, CVV
Voip, E-mail, Carta. Como também conta com o CVV Comunidade na pósvenção com o CVV
GASS – Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio, atendendo presencialmente a família,
amigos impactados com a perda pelo suicídio e com ações pessoas que tentaram dar cabo de
suas vidas, mas não conseguiram morrer. As reuniões acontecem nas segundas segundas
feiras do mês das 15 às 17 horas e nas quartas quartas feiras do mês das 19 às 21 horas no
Posto CVV, na Av. Junqueira Aires, 390 – Cidade Alta, antigo ITEPAN.
Hoje o CVV conta com o apoio da Diocese cedendo o espaço para atendimentos,
através do reconhecimento do Bispo Dom Jaime.
O suicídio ainda é um tabu
O
suicídio vem, essencialmente, de um estado
depressivo, que pode ser causado por inúmeros gatilhos internos e externos.
E mesmo com números cada vez mais altos, o assunto ainda é considerado um tabu
para muitas pessoas.
Tendo
em vista que tirar a própria vida é uma decisão extrema para fugir do que é
considerado um problema sem solução, a melhor forma de evitá-lo é detectar
quando a possibilidade existe e agir a tempo.
Alguns
dados sobre o suicídio
De
acordo com dados atualizados da OMS
(Organização Mundial de saúde), cerca de 800 mil pessoas já tiraram suas
vidas no mundo, com um número maior de mortes em países de média e baixa renda
(79%).
A
OMS afirma que os grupos de maior risco são pessoas tomadas por depressão e
alcoolismo, que passam por crises profundas diante de situações estressantes da
vida (como desemprego, perdas financeiras e de entes queridos, término de
relacionamento, abusos, além de doenças e dores crônicas).
No
Brasil, conforme dados recentes do Ministério da Saúde, a
taxa de suicídios chegou a 5,8 por 100 mil habitantes em 2016. A população
indígena é a mais afetada (15,2/100 mil), mas esse dado não é restrito apenas
ao Brasil, sendo visto em outros países também.
Da
população em geral, os homens são os mais vulneráveis ao suicídio (9,2/100
mil). Entre as mulheres, a taxa é de 2,4/100 mil.
Falar sobre suicídio é fundamental