O Sínodo para Amazônia foi uma resposta do Papa Francisco à realidade da Pan-Amazônia. De acordo com Francisco, “ o objetivo principal desta convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta. Que os novos Santos intercedam por este evento eclesial para que, no respeito da beleza da Criação, todos os povos da terra louvem a Deus, Senhor do universo, e por Ele iluminados, percorram caminhos de justiça e de paz”.
Durante o encontro com povos indígenas de quase todos os países da Pan-Amazônia, em Porto Maldonado, Peru, o Papa Francisco falou sobre a riqueza dos saberes e da diversidade indígena, sobre a necessidade de defender a Amazônia e seus povos e, também, sobre as ameaças que estes povos enfrentam em função dos interesses econômicos em seus territórios. A partir destas perspectivas, o Sínodo Especial para Amazônia tem como tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”.
Um Sínodo para CONHECER a riqueza do bioma, os saberes e a diversidade dos Povos da Amazônia, especialmente dos povos Indígenas, suas lutas por uma ecologia integral, seus sonhos e esperanças.
O Sínodo para Amazônia foi uma resposta do Papa Francisco à realidade da Pan-Amazônia. De acordo com Francisco, “ o objetivo principal desta convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta. Que os novos Santos intercedam por este evento eclesial para que, no respeito da beleza da Criação, todos os povos da terra louvem a Deus, Senhor do universo, e por Ele iluminados, percorram caminhos de justiça e de paz”.
Durante o encontro com povos indígenas de quase todos os países da Pan-Amazônia, em Porto Maldonado, Peru, o Papa Francisco falou sobre a riqueza dos saberes e da diversidade indígena, sobre a necessidade de defender a Amazônia e seus povos e, também, sobre as ameaças que estes povos enfrentam em função dos interesses econômicos em seus territórios. A partir destas perspectivas, o Sínodo Especial para Amazônia tem como tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”.
Um Sínodo para CONHECER a riqueza do bioma, os saberes e a diversidade dos Povos da Amazônia, especialmente dos povos Indígenas, suas lutas por uma ecologia integral, seus sonhos e esperanças.
Dentre as várias temáticas que serão estudadas e aprofundadas no processo sinodal, está em pauta o “rosto dos povos da Amazônia” que representam uma rica diversidade sociocultural nesta realidade em que, dadas as proporções geográficas, é uma região gigantesca onde vivem povos e culturas diferentes que ocupam a região com modos de vida distintos. Todos os dias, retiram das águas o peixe nosso de cada dia sem excessos ou desperdícios, somente o necessário para alimentar suas famílias com o pescado oferecido generosamente pela natureza das águas que ainda o produz em abundância. Mas, toda essa riqueza natural está em risco mediante a exploração desmedida das grandes corporações econômicas.
Também terá lugar no debate do sínodo o camponês e sua família que se apropria e utiliza os recursos naturais da várzea, tendo como pano de fundo o contínuo e cíclico movimento de seus rios. Entretanto, os ribeirinhos, pescadores da Amazônia, também conhecidos como camponeses das várzeas, sofrem com a presença dos pescadores comerciais, predadores dos recursos que já se tornaram escassos em determinadas regiões. Os povos da floresta, camponeses da terra firme, nas suas mais diversificadas categorias (seringueiros, indígenas e quilombolas), extrativistas e coletores por excelência, sobrevivem do que a terra e a floresta lhes dá generosamente. São os agricultores familiares que cultivam pequenas porções de terras com técnicas tradicionais ancestrais classificadas como agroecologia familiar por corresponder a um modo de vida de inter-relação e interdependência com a terra e a natureza. Esses povos cuidam da terra e a terra cuida deles na mesma proporção. O modo de vida desses povos baseado no “bem-viver”, entretanto encontra-se ameaçado pelos grandes projetos econômicos, pelo avanço do latifúndio e pelo permanente processo de desmatamento da floresta.
A realidade das cidades dos nove países que compõem a Pan-Amazônia, Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guiana Inglesa, Guiana Francesa, Suriname, além do Brasil, com seus desafios e perspectivas também serão abordadas no sínodo. As cidades da Amazônia têm crescido muito rapidamente e recolhido muitos migrantes deslocados de forma compulsória, empurrados para as periferias de grandes centros urbanos que avançam floresta adentro. Na sua maioria são povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas expulsos pelos garimpos e mineradoras, encurralados pelas madeireiras, e machucados nos conflitos agrários e socioambientais resultantes da omissão falaciosa do Estado que tem adotado um processo acelerado de limpeza e esvaziamento de áreas estratégicas de grande interesse econômico cobiçadas por empresas nacionais e internacionais.
As grandes riquezas produzidas na Amazônia e a vastidão de seus bens econômicos são negados à maioria de seus habitantes, o que favorece a predominância das desigualdades sociais, econômicas, culturais e políticas. Nessa perspectiva as cidades representam uma realidade marcada por grandes contradições: de um lado, uma vastidão enorme de terras e florestas. De outro lado, muita gente, multidões inteiras, de empobrecidos no campo e nas cidades, sem terra, sem moradia, sem acesso aos direitos básicos.
Estes e muitos outros temas serão abordados pelo Sínodo especial para a Amazônia que já está em curso e terá seu ponto mais alto em outubro de 2019.
Fonte: REPAM