Os corações dos catequistas ainda pulsam animados com a instituição do Ministério Laical de Catequista pelo Papa Francisco no dia 10 de maio deste ano e tornado público no dia seguinte. Sem dúvida, uma maravilhosa surpresa para toda a Igreja.
O que isto significa? Significa o reconhecimento oficial do trabalho de catequista e com isso uma ampliação da visibilidade da presença do leigo na Igreja, pois a carta apostólica em forma de Motu Proprio institui o Ministério Laical do Catequista, sem prejuízo dos demais serviços e ministérios já existentes.
D. José Antônio Peruzzo, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, em entrevista concedida ao portal da CNBB, explica que “a expressão Motu Proprio, expressão latina, significa movido dele mesmo, digamos assim de própria iniciativa. É algo querido pelo próprio Papa. O romano pontífice não é apenas o executivo, vitalício, a exercer uma função, ele é o pastor da Igreja universal, sucessor dos apóstolos, com uma responsabilidade de pastorear a Igreja e movido por sua própria iniciativa e percepção pastoral originada de suas próprias motivações, claro que assessorado sempre, mas motivado por suas próprias determinações. E como pastor da Igreja universal decidiu publicar um determinado escrito cuja característica é da própria moção pessoal, isto quer dizer Motu Proprio”.
Na prática, o que muda em nossas vidas de catequistas? Os detalhes dessas mudanças ainda não se tem. O documento é escrito para a Igreja no mundo todo e serão levadas em consideração as realidades locais de cada Igreja. No entanto, algumas características do Ministério de Catequista são delineadas no documento em seu número 8:
“Este ministério possui uma forte valência vocacional que requer o devido discernimento por parte do Bispo e se evidencia com o Rito de Instituição. De fato, é um serviço estável prestado à Igreja local de acordo com as exigências pastorais identificadas pelo ordinário do lugar, mas desempenhado de maneira laical como exige a própria natureza do ministério. Convém que, ao Ministério instituído de Catequista, sejam chamados homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que tenham uma participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna, recebam a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica para serem solícitos comunicadores da verdade da fé e tenham já maturado uma prévia experiência de catequese (cf. Conc. Ecum. Vat. II, Decr. Christus Dominus, 14; CIC cân. 231 §1; CCEO cân. 409 §1). Requer-se que sejam colaboradores fiéis dos presbíteros e diáconos, disponíveis para exercer o ministério onde for necessário e animados por verdadeiro entusiasmo apostólico”.
Tudo isto nos revela ainda o grande amor à catequese demonstrado pelo Papa Francisco.
Nosso Bispo Diocesano, Dom Mariano Manzana, compartilha da mesma alegria, expressando em entrevista ao programa A voz da Catequese, no dia 14/05, na Rádio Rural de Mossoró, ao parabenizar os catequistas e lembrando a Carta Apostólica intitulada de Antiquum Ministerium, que significa Antigo Ministério. Ressaltando que o trabalho do catequista tem suas origens desde o novo testamento e permanece um trabalho importante e essencial para a Igreja, portanto, um merecido reconhecimento como Ministério.
Coordenação Diocesana
de Catequese: Marcos Aurélio e Miraci Martins