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Corpo do Papa Francisco é levado em procissão para a Basílica de São Pedro



 O Vaticano confirmou as datas e os momentos principais das exéquias do Papa Francisco. O rito seguirá as orientações do Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, norma litúrgica que organiza os funerais de um Papa, alterado por Francisco em 2024 com o desejo de um funeral simples e o sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

"Desejo que a minha última viagem terrena se conclua precisamente neste antiquíssimo santuário Mariano, onde me dirigia para rezar no início e fim de cada Viagem Apostólica, para entregar confiadamente as minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecer-Lhe pelo dócil e materno cuidado." [Testamento do Santo Padre Francisco]

As datas foram anunciadas após a Primeira Congregação Geral realizada na manhã da terça-feira (22), às 9h no horário local de Roma.

Na quarta-feira, 23 de abril, às 9h da manhã (horário de Roma), o corpo foi trasladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. O cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana, conduziu a oração inicial e depois a procissão com os cardeais, os patriarcas e o mestre das celebrações papais, dom Diego Ravelli.

Cerca de 20 mil pessoas, com longos aplausos, saudaram a passagem do corpo do Papa Francisco, que saiu da Praça Santa Marta, atravessou o Arco dos Sinos e seguiu até a entrada central da Basílica. O caixão com o corpo do Papa foi colocado no chão para que todos pudessem ver.

A partir das 11h, horário local, iniciou a homenagem dos fiéis. A Basílica permanecerá aberta até a meia-noite. Na quinta-feira (24), a abertura está programada para as 7h e o fechamento à meia-noite. Na sexta-feira (25), véspera do funeral, ela estará aberta das 7h às 19h.

A partir das 20h, horário local, será realizada a cerimônia de fechamento do caixão do Papa FranciscoO rito será presidido pelo cardeal camerlengo e participarão os cardeais Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, Roger Michael Mahony, cardeal presbítero, Dominique Mamberti, cardeal protodiácono e Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica Papal de São Pedro no Vaticano.

Estarão presentes também os cardeais Pietro Parolin, ex-Secretário de Estado, Baldassare Reina, vigário geral para a Diocese de Roma, Konrad Krajewski, esmoleiro de Sua Santidade; além disso, dom Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado, dom Ilson de Jesus Montanari, vice-camerlengo da Santa Igreja Romana, dom Leonardo Sapienza, regente da Casa Pontifícia, os cônegos do Capítulo Vaticano, os penitenciários menores ordinários do Vaticano, os secretários do Santo Padre e outras pessoas autorizadas pelo mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Ravelli.

Missa de Exéquias será realizada no sábado, 26 de abril, às 10h (horário local), no átrio da Basílica de São Pedro. Essa celebração inicia o Novendiali, período de nove dias de orações pelo descanso do Pontífice. A missa será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais.

Logo após a Eucaristia, serão realizados os ritos da Última Commendatio e da Valedictio, cerimônias finais de despedida. O caixão será levado novamente para dentro da Basílica e depois transportado à Basílica de Santa Maria Maior, onde ocorrerá o sepultamento.

Como funciona o rito das exéquias?

Em 2024, o Papa Francisco aprovou uma mudança na nova edição do rito litúrgico para as exéquias do Romano Pontífice.

“O funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não de um poderoso deste mundo, afirmou Dom Diego Giovanni Ravelli, mestre das celebrações litúrgicas.

A atualização foi feita pelo Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, com base na experiência adquirida nas cerimônias de São João Paulo II e Bento XVI. O texto anterior era de 1998, usado pela última vez no funeral de Bento XVI, em 2023.

Entre as mudanças mais significativas, que também constam no testamento, estão:

  • Constatação da morte na capela privada, e não mais no quarto.
  • Deposição imediata do corpo em um único caixão de madeira, com interior de zinco.
  • Exposição do corpo à veneração dos fiéis, já dentro do caixão aberto, dispensando o uso do esquife alto.
  • Eliminação dos três caixões (cipreste, chumbo e carvalho), usados em funerais anteriores.
    • Abolição da primeira trasladação ao Palácio Apostólico — agora, o corpo segue diretamente para a Basílica de São Pedro.
    • O túmulo deve ser no chão; simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus.

    As exéquias continuam com três estações tradicionais: a residência do Papa, a Basílica Vaticana e o local da sepultura. No entanto, o novo rito reorganiza a sequência das ações, tornando-as mais claras e com atribuições bem definidas para os envolvidos.

  • As exéquias continuam com três estações tradicionais: a residência do Papa, a Basílica Vaticana e o local da sepultura. No entanto, o novo rito reorganiza a sequência das ações, tornando-as mais claras e com atribuições bem definidas para os envolvidos.

    Outra novidade é a simplificação dos títulos pontifícios. O novo texto opta por termos como Papa, Bispo de Roma e Pastor, em vez de longas designações cerimoniais. Também foram atualizados os textos bíblicos e litúrgicos, alinhando-os à Nova Vulgata e à terceira edição do Missale Romanum.

    Ladainha dos Santos passou por revisão e agora inclui todos os papas santos presentes no calendário litúrgico, além de santos da Igreja de Roma. Essa oração será usada em dois momentos: durante a trasladação e ao final da Missa fúnebre.

    O volume também reorganiza as Novendiais, as nove Missas celebradas em sufrágio do Papa falecido, apresentando quatro formas de oração à escolha. Foram removidos anexos considerados desnecessários, tornando o material mais prático para uso pastoral.

“O Papa Francisco pediu, como ele próprio declarou em várias ocasiões, para simplificar e adaptar alguns ritos para que a celebração das exéquias do bispo de Roma exprimisse melhor a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado, reforçou Dom Ravelli.

Celebrações da morte do Papa Francisco

A primeira missa em sufrágio à Francisco foi presidida pelo vigário para a diocese de Roma, cardeal Baldo Reina, às 19h na Itália [às 14h no horário de Brasília] na Basílica de São João de Latrão, mãe de todas as igrejas no mundo e sede do Bispo de Roma. Uterço em intenção do Papa Francisco também foi realizado na Praça São Pedro com a presença dos fiéis.

missa de domingo, 27 de abril, na Praça São Pedro, será presidida pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e será a segunda das Novendiais. As missas Novendiais serão celebradas todos os dias às 17h.

"Que o Senhor dê a merecida recompensa àqueles que me quiseram bem e que continuarão a rezar por mim. O sofrimento que esteve presente na última parte de minha vida eu o ofereço ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos."

[Testemunho do Santo Padre Francisco]

Fonte: Vatican News/Agencia Ecclesia

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