O Mês da Bíblia surgiu há 39 anos [1971] por ocasião do 50º aniversário da Arquidiocese de Belo Horizonte e tendo como referência a Festa de São Jerônimo, tradutor da vulgata. Desde então tem destacado a importância da leitura, do estudo e da contemplação das Sagradas Escrituras. Nasceram na Arquidiocese cerca de 700 grupos de leitura, oração e reflexão que foram chamados de “círculos bíblicos” por conta do método de partilha no estudo e reflexão da Bíblia, a elaboração dos folhetos e a preparação dos coordenadores destes círculos bíblicos ficaram a cargo do Bíblista Frei Carlos Mesters. Foi também a forma encontrada nessa ocasião para despertar o gosto pela Palavra de Deus e iniciar uma leitura bíblica permanente e comunitária.
No decorrer dos anos a experiência foi assumida por outras dioceses, inicialmente do Regional Leste II e posteriormente pela CNBB. Os subsídios elaborados, principalmente o folheto BÍBLIA GENTE eram utilizados em todo o pais. Desde 1983, oficializado pela CNBB passou a trabalhar livros bíblico cujo tema estivesse em continuidade com a tema da Campanha de Fraternidade.
Para o ano de 2010 A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, juntamente com as Instituições Bíblicas propôs o estudo e a meditação do Livro de Jonas com destaque para a evangelização e a missão na cidade.
O livro é uma irônia contra uma corrente judaica que acreditava que o povo judeu era o único povo eleito e os estrangeiros eram considerados impuros e pode auxiliar nossas comunidades a refletir sobre preconceitos que nos impedem de ir ao encontro de outras pessoas e redescobrir a presença de um Deus de ternura e de misericórdia.
Na Diocese de Mossoró, que escolheu desde 2009 a Palavra como um dos eixos fundamentais de atuação, a revitalização do mês da Bíblia pode ser um instrumento importante para que a palavra seja o fio condutor de nossa ação pastoral e o centro da vivência cristã para que nossos povos tenham vida.
O Centro de Estudos Bíblicos, fiel ao seu propósito de prestar um serviço a leitura popular da Bíblia, oferece subsídios para realização de círculos bíblicos e se dispõe a assessorar grupos ou comunidades que desejem viver com mais intensidade o mês da Bíblia.
Texto: Zélia Cristina- Biblista