Caríssimos paroquianos,
Sendo a CF uma oportunidade de despertar a sociedade para a solidariedade com nosso planeta, penso e sonho com toda nossa comunidade assumindo esta causa.
Resolvo então escrever-lhes esta circular convocando-os a sonharmos juntos. Neste tempo da Quaresma a CF quer ser uma atividade ampla de evangelização como processo de transformação da nossa comunidade. Saída de situações injustas e não cristãs a luz do projeto de Deus. Desde 1964 a Igreja no Brasil procura refletir temas específicos conforme as necessidades históricas em relação à vida, dom de Deus. É esta vida que vem sendo agredida de todas as formas e em dimensões diversas. O tema da CF deste ano, “Fraternidade e a vida no Planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto” têm como o essencial a ser refletido, o aquecimento global, as mudanças climáticas como consequências do que já estamos sendo vitimas. Podemos destacar os resultados desastrosos causados por esses fenômenos na vida do planeta. Quando a natureza não funciona bem quem sofre somos nós. Na sociedade em que vivemos somo interpelados por muitos rostos sofredores que clamam por nossa solidariedade em todos os níveis.
O descaso que a nossa sociedade faz com a vida humana, é o mesmo descaso que faz com a natureza e a vida do nosso planeta.
Nós cristãos não podemos ser indiferentes a essa realidade. As catástrofes de Pernambuco, Alagoas, Rio, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e nesta semana do Japão, tudo é o grito de Deus para que cuidemos da vida zelando a sua Criação.
Quando desfrutamos erradamente de seus bens ocorrem consequências devastadoras. Nem todos fomos devidamente educados para uma consciência ecológica responsável pela preservação. Somos impulsionados pelos meios de comunicação a um consumismo massivo e consequentemente aumento dos lixões.
Nossos representantes nas eleições são apoiados e financiados por grupos econômicos poderosos. Depois de eleitos se sujeitam a cumprir os compromissos com os empresários, em detrimento do compromisso como povo.
A preservação do meio ambiente não é levada em conta.
Uma politica ambiental vai além das questões ligadas as florestas. Deve contemplar também o problema do lixo, da poluição sonora, visual, qualidade do ar que respiramos e decantação de águas poluidas. A economia consiste na obtenção de matéria prima para as indústrias cujos produtos são comercializados, consumidos e descartados. Compramos as águas que as indústrias contaminam. Falta-se muito com a qualidade de vida, mas esta compramos muito caro.
No Domingo (1º da quaresma) confrontamos a 1º leitura com a nossa realidade (Gn. 2) que nos responsabiliza pelo cuidado do meio ambiente do nosso jardim (terra).
È dever de todos fazer com que a economia esteja a serviço da vida e não do lucro.
Precisamos ajudar ao poder público e popular a mirar com prioridade a educação sócio-ambiental em que todos, da criança ao mais ancião, canalizem as inciativas e suas ações a favor da qualidade de vida da comunidade.
Sabemos, muito já tem sido feito neste sentido, mas quantos grandes desafios... a pouca arborização é anulada pelas podas devastadoras, saneamento básico ainda longe do ideal, principalmente nas áreas periféricas; as levadas que contornam a nossa cidade que a fazem ilha, são depósitos de todo tipo de sujeira provocando fedentina insuportável para os que delas se aproximam, e o espirito depredatório ainda muito agressivo, apesar do esforço por criação e edificação de espaços educativos.
Para enfrentarmos todos os desafios precisamos desenvolver uma consciência ambiental individual e coletiva na comunidade. Só conseguimos, aprendendo a sonhar juntos com campanhas pratico-educativas e sairmos do discurso. Não basta saber, é preciso fazer com que a responsabilidade se perpetue.
Deus como Criador do mundo, Senhor da nossa existência, nos coloca sempre diante da Criação como revelação da sua grandeza, da sua gratuidade amorosa para conosco.
A Criação como está, como a tratamos, nos revela também uma cultura de morte. A Criação é para a vida de todos, mas, no entanto estamos a matando. Devido os nossos maus-tratos é que somos pegos por todas essas catástrofes, reações da própria natureza, e por último as do Japão de que não estamos imunes. Precisamos unir as forças para determos o aquecimento acelerado do nosso planeta.
Ninguém nos assegura de que não seremos atingidos pelas irradiações atômicas de suas usinas nucleares.
Com esta circular não queremos apavorar ninguém, mas simplesmente nos alertar para a responsabilidade que temos como cristãos, como Igreja.
Que Deus abençoe a todos e mãos a obra!
Areia Branca, março de 2011.
Pe. Luiz Sampaio do Rêgo
Pároco
Sendo a CF uma oportunidade de despertar a sociedade para a solidariedade com nosso planeta, penso e sonho com toda nossa comunidade assumindo esta causa.
Resolvo então escrever-lhes esta circular convocando-os a sonharmos juntos. Neste tempo da Quaresma a CF quer ser uma atividade ampla de evangelização como processo de transformação da nossa comunidade. Saída de situações injustas e não cristãs a luz do projeto de Deus. Desde 1964 a Igreja no Brasil procura refletir temas específicos conforme as necessidades históricas em relação à vida, dom de Deus. É esta vida que vem sendo agredida de todas as formas e em dimensões diversas. O tema da CF deste ano, “Fraternidade e a vida no Planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto” têm como o essencial a ser refletido, o aquecimento global, as mudanças climáticas como consequências do que já estamos sendo vitimas. Podemos destacar os resultados desastrosos causados por esses fenômenos na vida do planeta. Quando a natureza não funciona bem quem sofre somos nós. Na sociedade em que vivemos somo interpelados por muitos rostos sofredores que clamam por nossa solidariedade em todos os níveis.
O descaso que a nossa sociedade faz com a vida humana, é o mesmo descaso que faz com a natureza e a vida do nosso planeta.
Nós cristãos não podemos ser indiferentes a essa realidade. As catástrofes de Pernambuco, Alagoas, Rio, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e nesta semana do Japão, tudo é o grito de Deus para que cuidemos da vida zelando a sua Criação.
Quando desfrutamos erradamente de seus bens ocorrem consequências devastadoras. Nem todos fomos devidamente educados para uma consciência ecológica responsável pela preservação. Somos impulsionados pelos meios de comunicação a um consumismo massivo e consequentemente aumento dos lixões.
Nossos representantes nas eleições são apoiados e financiados por grupos econômicos poderosos. Depois de eleitos se sujeitam a cumprir os compromissos com os empresários, em detrimento do compromisso como povo.
A preservação do meio ambiente não é levada em conta.
Uma politica ambiental vai além das questões ligadas as florestas. Deve contemplar também o problema do lixo, da poluição sonora, visual, qualidade do ar que respiramos e decantação de águas poluidas. A economia consiste na obtenção de matéria prima para as indústrias cujos produtos são comercializados, consumidos e descartados. Compramos as águas que as indústrias contaminam. Falta-se muito com a qualidade de vida, mas esta compramos muito caro.
No Domingo (1º da quaresma) confrontamos a 1º leitura com a nossa realidade (Gn. 2) que nos responsabiliza pelo cuidado do meio ambiente do nosso jardim (terra).
È dever de todos fazer com que a economia esteja a serviço da vida e não do lucro.
Precisamos ajudar ao poder público e popular a mirar com prioridade a educação sócio-ambiental em que todos, da criança ao mais ancião, canalizem as inciativas e suas ações a favor da qualidade de vida da comunidade.
Sabemos, muito já tem sido feito neste sentido, mas quantos grandes desafios... a pouca arborização é anulada pelas podas devastadoras, saneamento básico ainda longe do ideal, principalmente nas áreas periféricas; as levadas que contornam a nossa cidade que a fazem ilha, são depósitos de todo tipo de sujeira provocando fedentina insuportável para os que delas se aproximam, e o espirito depredatório ainda muito agressivo, apesar do esforço por criação e edificação de espaços educativos.
Para enfrentarmos todos os desafios precisamos desenvolver uma consciência ambiental individual e coletiva na comunidade. Só conseguimos, aprendendo a sonhar juntos com campanhas pratico-educativas e sairmos do discurso. Não basta saber, é preciso fazer com que a responsabilidade se perpetue.
Deus como Criador do mundo, Senhor da nossa existência, nos coloca sempre diante da Criação como revelação da sua grandeza, da sua gratuidade amorosa para conosco.
A Criação como está, como a tratamos, nos revela também uma cultura de morte. A Criação é para a vida de todos, mas, no entanto estamos a matando. Devido os nossos maus-tratos é que somos pegos por todas essas catástrofes, reações da própria natureza, e por último as do Japão de que não estamos imunes. Precisamos unir as forças para determos o aquecimento acelerado do nosso planeta.
Ninguém nos assegura de que não seremos atingidos pelas irradiações atômicas de suas usinas nucleares.
Com esta circular não queremos apavorar ninguém, mas simplesmente nos alertar para a responsabilidade que temos como cristãos, como Igreja.
Que Deus abençoe a todos e mãos a obra!
Areia Branca, março de 2011.
Pe. Luiz Sampaio do Rêgo
Pároco