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Ensinando valores.



O jovem padre Charles Lamartine já conta com um rico currículo. Com apenas 30 anos, ele é formado em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), na qual também cursou dois anos de Filosofia, faculdade de que concluiu durante temporada em Roma, onde se formou também em Teologia e também fez mestrado. Sua ida a Roma fez parte dos preparativos para assumir o cargo de vice-diretor do centenário Colégio Diocesano Santa Luzia (CSDL), em Mossoró.
“O bispo dom Mariano Manzana me escolheu para ir para Roma me preparar para voltar e assumir esse cargo no colégio. Lá, estudei na mesma universidade que o padre Sátiro estudou; ele mesmo fez questão que eu passasse por lá”, frisa.
Além de ter completado, no dia 28 de julho, um ano de atuação no colégio, Pe. Charles Lamartine completa no próximo mês um ano como vigário da Catedral de Santa Luzia.
“Quando voltei para Mossoró, também assumi o posto de capelão de São Vicente, sucedendo o padre Sátiro. Como vigário, sou colaborador do pároco da Catedral de Santa Luzia, que é Pe. Walter Collini. Sou responsável pela missa dominical das 7h na Capela de São Vicente, e das 9h na catedral, e ajudo nas demais necessidades”, afirma.
Ele diz que não enfrentou nenhum problema por ser um padre jovem; ao contrário. Pe. Charles Lamartine diz que hoje, no Brasil, existe um grande número de padres jovens e que eles são bem acolhidos pela comunidade católica, recebendo amor e carinho do povo.
Neste momento vivido pela Igreja Católica, desde a escolha do papa Francisco como sucessor de Bento XVI, em que a Igreja está procurando se aproximar do povo, ele afirma que um dos maiores desafios é ter a capacidade de construir pontes de diálogo, principalmente diálogo com o mundo contemporâneo.
“O mundo mudou muito, e não é só a economia que está diferente ou a literatura. Os valores mudaram, e esse é também o nosso desafio como Colégio Católico. Buscamos ensinar valores humanos do respeito, da compreensão, a prevenção de muitas coisas. E, apesar de ser um colégio católico, por termos alunos de outras denominações, a gente procura falar do contato com Deus de forma mais ampla”, enfatiza.
Neste ano como vice-diretor do Diocesano, ele afirma que o que mais tem priorizado é o setor pedagógico, com a elevação da qualidade do ensino, com a qualificação de professores e contratação de professores especialistas, além de investimentos de recursos multimídias.
“O Colégio Diocesano é tradicional, tem uma rica história, e por aqui já passou muita gente ilustre. Essa missão enobrece a minha vida de padre, aumenta a responsabilidade”, ressalta.

VOCAÇÃO
Natural de Pau dos Ferros, Pe. Charles Lamartine conta que, diferentemente de outros padres, a vocação para o ministério não foi percebida desde cedo.
“Minha família é muito religiosa e eu sempre freqüentava as missas, mas pensava em seguir outra profissão. Fui morar em Natal para estudar, como muitos jovens do interior fazem, e a saudade da família me aproximou da Igreja. Eu freqüentava muitas missas e foi assim que despertou minha vocação. Procurei o seminário lá, depois, ao vir para Mossoró cursar Serviço Social, ingressei no Seminário de Santa Teresinha. Ouvi o chamado aos 23 anos. Algumas pessoas sentem desde a infância”, lembra.
Fonte: Revista Domingo- Jornal de Fato.