Ordenação do Diácono Cornélio em Melancias (Apodi- RN)
A Igreja celebra o dom
das vocações neste mês de agosto. É um mês temático, ou seja, refletimos um
tema importante para a vida da Igreja, para cada pessoa em particular e toda a
sociedade. No grande jardim das vocações que tem como fonte o próprio Deus é
importante lembrar que elas se desenvolvem tendo como base três estados de
vida: matrimônio, sacerdócio e celibato. A vocação é um chamado de Deus para o
crescimento na comunhão com Ele e o serviço aos outros. Nenhuma vocação diz
respeito exclusivamente a si e se nos abre um caminho de salvação assim ocorre
em função da relação com Deus e os irmãos e irmãs na Igreja e por meio dela na
sociedade.
Começamos o mês das
vocações celebrando o Dia do Padre, venerando o padroeiro de todos os sacerdotes,
São João Maria Vianney. Teremos a alegria de, no dia deste grande santo, 04 de
agosto, às 18 horas, ordenar o 18º padre desde que iniciei meu ministério como
bispo nesta Diocese. Será ordenado o diácono Cornélio Freire, em sua terra
natal, comunidade de Melancias, Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em
Apodi. O sacerdote é chamado a ser imagem do Bom Pastor no pequeno rebanho que
lhe foi confiado, numa vida ofertada na oração, na simplicidade de vida e no
serviço desinteressado.
A segunda semana nos
insere na vocação ao matrimônio, lembrando o Dia dos Pais, no segundo domingo.
A referência de maternidade e paternidade é constitutiva e tem relação de
complementaridade, a base para a instituição familiar. Em todo o Brasil é
realizada a Semana da Família, com encontros, vigílias e congressos.
O estado de vida
chamado de celibato nos convida a rezar na terceira semana por todos e todas
que se dedicam à Igreja pela vida consagrada. São frades, freiras, missionários
e missionárias de congregações, institutos e comunidades novas que são um sinal
profético no mundo daquilo que seremos na eternidade, em contraste com uma
cultura hedonista e que alimenta falsos conceitos de felicidade, fechando a
pessoa humana em seu próprio egoísmo.
Terminamos o mês das
vocações rezando e refletindo na figura do catequista, o protagonismo, o papel
do cristão leigo na Igreja e na sociedade. A missão daqueles que estão
inseridos na sociedade, dentro da realidade do trabalho e dos desafios próprios
daquilo que costumamos chamar de realidade secular. O assim chamado cristão leigo
é por natureza discípulo e missionário. É chamado a transformar a realidade em
que vive fecundando a sociedade e suas instituições com os valores do
Evangelho.
Peçamos a Deus que
possamos viver bem este tempo de reflexão sobre nossa vocação e que ao final
nos sintamos mais fortalecidos no grande dom que Deus nos deu e a graça Dele
faça frutificar nossa vocação em frutos agradáveis a Ele e à sociedade.
Dom Mariano Manzana
Bispo Diocesano