A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética promoveu nesta semana, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília, reunião entre bispos referenciais, coordenadores regionais e representantes de grupos para discutir temas bíblicos, como o novo Itinerário Catequético, e a preparação do Seminário Nacional sobre a Iniciação à Vida Cristã, que será realizado em novembro, na cidade de São Caetano do Sul (SP).
O novo Itinerário Catequético para a Iniciação à Vida Cristã é composto por quatro roteiros que abrangem as crianças, os adolescentes, os adultos batizados que necessitam de aprofundamento e os adultos não batizados. “É um instrumento que vai servir muito à Igreja uma vez que apresentará grandes orientações sobre como fazer a iniciação à vida cristã. Essas orientações gerais criarão unidade e ajudarão as igrejas locais a elaborarem os seus roteiros e manuais”, explica o presidente da Comissão e arcebispo de Pelotas (RS), dom Jacinto Bermann.
A iniciativa de um novo itinerário, de acordo com a religiosa das Irmãs do Imaculado Coração de Maria e membro do Grupo de Reflexão Bíblico-Catequética (Grebicat) de São Paulo, irmã Maria Aparecida Barbosa, responde ao objetivo proposto na 2ª Semana Brasileira de Catequese, realizada em 1992, de avançar com itinerários capazes de evangelizar por meio de uma catequese bíblico vivencial. "O pensamento é de uma catequese que conduza a Jesus no mistério da fé e à inserção na vida da comunidade, uma catequese centrada mais no vivencial do que no doutrinal. Para isso, insistimos em um processo que tenha a Bíblia como fonte primordial”, disse irmã Aparecida.
Apontado para a ação missionária e pastoral, o Itinerário seguirá os quatro tempos definidos pelo Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA), publicado em 1971: o primeiro anúncio (Kerigma trinitário); a catequese com seus conteúdos de fé; os escrutínios que conduzem à vivência quaresmal; e a vivência do Espírito (Pentecostes).
O biblista do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi), Hudson Silva Rodriguez, destaca o aspecto missionário do Itinerário. “É preciso ser discípulo missionário no mundo do trabalho, na Igreja, na família. Com um processo mais sedimentado a tendência é levar as pessoas para a missão”, afirma. Para Hudson, a intenção é fazer com que a formação leve a pessoa a assumir a missão de evangelizar.
Fonte: CNBB | POM