Na sacada central da Basílica de São Pedro, logo na manhã desta segunda (25), o Papa Francisco leu a mensagem de Natal e deu a bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), bênção solene que concede a indulgência plenária.
Sempre de forma direta e objetiva, Francisco exortou que ao dizer sim ao Príncipe da Paz, nosso Senhor Jesus, dizemos não para os conflitos da nossa sociedade atual, que ainda estão vitimando muitos inocentes.
"Quantos massacres armados acontecem num silêncio ensurdecedor, ignorados de tantos! O povo, que não quer armas mas pão, que tem dificuldade em acudir às despesas quotidianas, ignora quanto dinheiro público é destinado a armamentos.
E, contudo, devia sabê-lo! Fale-se disto, escreva-se sobre isto, para que se conheçam os interesses e os lucros que movem os barbantes das guerras. Aproxime-se em Israel e na Palestina, onde a guerra abala a vida daquelas populações. A todas abraço, em particular às comunidades cristãs de Gaza e de toda a Terra Santa".
O pontífice também relembrou outros países que continuam com o martírio da guerra e da violência.
"Com os olhos fixos no Menino Jesus, imploro a paz para a Ucrânia. Renovemos a nossa proximidade espiritual e humana ao seu martirizado povo, para que, graças ao apoio de cada um de nós, possa sentir o amor concreto de Deus. Aproxime-se o dia da paz definitiva entre a Arménia e o Azerbaijão. Seja ela favorecida através da prossecução das iniciativas humanitárias, o regresso dos deslocados às suas casas na legalidade e em segurança, e o respeito mútuo pelas tradições religiosas e locais de culto de cada comunidade".
Outro ponto importante abordado pelo Santo Padre é o real significado do Natal, o nascer de Jesus como luz que ilumina nossos caminhos.
"Hoje em Belém, por entre as trevas da terra, acendeu-se esta chama inextinguível; hoje, sobre as trevas do mundo, prevalece a luz de Deus, que 'a todo o homem ilumina' (Jo 1, 9): alegremo-nos por esta graça! Alegra-te, tu que te vês falho de confiança e de certezas, porque não estás sozinho, não estás sozinha: Cristo nasceu para ti! Alegra-te, tu que perdeste a esperança, porque Deus te estende a mão: não aponta o dedo contra ti, mas oferece-te a sua mãozinha de Menino para te libertar dos medos, aliviar-te das canseiras e mostrar-te que, aos olhos d’Ele, vales mais do que qualquer outra coisa".
Finalizando a mensagem, o Papa falou de toda a preparação e orações do povo de Deus ao Jubileu de 2025, onde vamos celebrar Jesus, celebrar a Igreja e celebrar a nossa fé.
"Irmãos e irmãs, aproxima-se o tempo de graça e esperança do Jubileu, que vai começar dentro de um ano. Que este período de preparação seja ocasião para converter o coração; dizer «não» à guerra e «sim» à paz; responder com alegria ao convite do Senhor que nos chama, como profetizou Isaías, 'para levar a boa-nova aos pobres, para curar os desesperados, para anunciar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros' (61, 1). Estas palavras cumpriram-se em Jesus (Lc 4, 18), hoje nascido em Belém. Acolhamo-Lo, abramos o coração a Ele, o Salvador, o Príncipe da paz!".
Fonte- A12